Tendência Emergente: Fraudes com Deepfake disparam 822% no Brasil
Em agosto de 2025, uma pesquisa divulgada pelo blog Starti e reforçada pelo relatório da Security Leaders revelou um dado alarmante: fraudes com deepfake cresceram 822% no Brasil nos últimos meses, superando práticas tradicionais como a clonagem de documentos e adulterações em imagens via Photoshop.
O número representa não apenas um salto estatístico, mas uma mudança profunda no perfil das ameaças digitais que rondam empresas, gestores e instituições públicas.
🎭 O que é deepfake — e por que ele é tão perigoso?
Deepfakes são mídias falsas criadas com inteligência artificial (IA) que simulam com altíssimo realismo vozes, rostos e gestos humanos. Essas falsificações não se limitam mais ao entretenimento ou ao ambiente político: estão sendo usadas para fraudes corporativas altamente sofisticadas.
A ameaça se intensifica porque não exige acesso a dados sensíveis. Com poucos segundos de vídeo de um gestor — extraídos de uma reunião online, redes sociais ou até entrevistas — cibercriminosos podem:
• Clonar a voz de um CEO para enganar equipes financeiras;
• Criar vídeos do diretor de TI solicitando liberações de sistemas;
• Encenar interações falsas com clientes, investidores ou fornecedores.
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📈 Por que o crescimento das fraudes com deepfake é tão rápido?
Além da evolução tecnológica das ferramentas de IA, há três fatores que impulsionam esse crescimento:
1. Exposição pública excessiva de executivos: entrevistas, eventos e até LinkedIn fornecem base de dados visual e sonora.
2. Ausência de verificação robusta em processos críticos: muitas empresas ainda confiam apenas em voz ou imagem como autenticação.
3. Baixo preparo das equipes para identificar falsificações de mídia: o fator humano continua sendo a maior vulnerabilidade.
🔒 Deepfake não invade sistemas. Ele invade decisões.
Enquanto outras ameaças digitais exigem brechas técnicas, o deepfake explora confiança e contexto.
Ele não ataca diretamente o servidor, o banco de dados ou a rede.
Ele ataca a credibilidade do interlocutor.
E, por isso, pode ser ainda mais perigoso.
Empresas já relatam casos reais de:
• Chamadas falsas de diretores solicitando transações urgentes;
• Vídeos adulterados de gestores, usados como prova em disputas contratuais;
• Fake news com voz e rosto de executivos, afetando imagem pública.
🛡️ Como proteger sua empresa contra fraudes com deepfake
1. Reforce a autenticação em múltiplos níveis
Utilize validações que vão além da voz ou imagem. Autenticação por token, biometria comportamental ou senhas únicas por canal seguro são essenciais.
2. Implemente um protocolo de verificação de comandos
Toda solicitação sensível, especialmente vinda de superiores, deve passar por um fluxo de dupla confirmação.
3. Capacite sua equipe para reconhecer fraudes de IA
Invista em treinamentos periódicos com exemplos reais de deepfakes, testes práticos e alertas sobre as novas técnicas.
4. Monitore sua reputação e identidade digital
Use ferramentas que acompanhem menções, vídeos publicados e mídias com possíveis manipulações.
5. Tenha um plano de resposta a incidentes de engenharia social
Não se trata apenas de TI: envolva jurídico, RH, comunicação e diretoria para mitigar impactos internos e externos.
🤖 O papel da consultoria de TI nesse novo cenário
Empresas que contam com parceiros especializados em cibersegurança têm uma vantagem clara: conseguem antecipar riscos, agir com agilidade e adaptar políticas de segurança à realidade mutável dos ataques.
• Diagnóstico de exposição digital de líderes e executivos;
• Estruturação de protocolos de verificação;
• Adoção de soluções baseadas em IA defensiva;
• Simulações práticas de ataques com deepfake para treinar a tomada de decisão.
📌 Conclusão
O avanço dos deepfakes mostra que a segurança da informação deixou de ser apenas sobre dados. Agora, trata-se também de proteger identidades, relações e decisões.
Sua empresa está preparada para quando a próxima ordem urgente parecer vir de você — mas não for?
